Shotacon (ショタコン), shotakon ou shota-con, geralmente abreviado para shota (ショタ), é um termo japonês para um complexo relativo à sexualidade (Shôtaro Complex), onde um adulto homem ou mulher sente-se atraído por um garoto mais novo e vice-versa. No mundo ocidental, este termo é usado para referir-se especificamente ao anime ou mangá que mostra garotos na puberdade ou na pré-puberdade ao lado de personagens mais velhos que tenham atração por crianças. Esses trabalhos são, freqüentemente, de natureza sexual, e alguns temas comuns são yaoi e incesto com um irmão mais velho ou outro membro familiar. O equivalente feminino do shotacon é conhecido como lolicon - Um adulto Homem ou mulher que sente-se atraído por uma garota mais nova e vice-versa. Alguns críticos afirmam que o gênero shotacon contribui com a estimulação do abuso sexual infantil, enquanto outros afirmam que é exatamente o contrário.
CONTROVÉRSIAS
Enquanto é ainda relativamente desconhecida da maioria do mundo ocidental, a arte shotacon e lolicon às vezes é criticada por ter uma moral equivalente à pornografia infantil. Porém, a maioria dos fãs de shotacon discordam, dizendo que esta é uma forma de expressão artística que supre uma audiência completamente diferente à de adultos atraídos por garotos jovens, ou que isso serve como uma alternativa a atual pornografia infantil ou a relações ilegais para aqueles que as fazem. Como garotos são, estereotipadamente, interessados em sexo em uma idade mais tenra que as garotas, o shotacon é geralmente mais bem recebido e menos estigmatizado que sua contraparte feminina. É freqüentemente utilizado como um gênero de comédia para difundir potenciais controvérsias. Além disso, muitos dos fãs masculinos de mangá e animedesfrutam de temas moderados de shotacon como uma forma de desejo contido, devido ao uso de mulheres mais velhas e atrativas em posição sexual dominante, ou como instrutora. Alguns sentem que isso compensa o estereótipo feminino natural dos temas de hentai, que idealiza as bishojo (garotas bonitas) e retrata os homens como parceiros agressivos.
Importante ressaltar ainda que, ainda que os aficcionados do gênero critiquem o fato, pela atual lei brasileira mesmo a simples posse de material shotacon de conotação sexual explícita indiscutivelmente constitui crime de pedofilia (Arts. 241-A e 241-C, ECA - Lei 8.069/90), sendo a divulgação ou venda condutas mais graves do mesmo crime.
Lolicon (ロリコン), rorikon ou loli-con é uma abreviatura de lolita complex, ou seja, complexo de lolita em inglês. A palavra é usada no Japão para pedofilia ou efebofilia. Fora do Japão, geralmente é usada quando se refere a animes ou mangás que retratam meninas menores de idade (de 6 a 17 anos) em situações sexuais ou de nudez.
As leis japonesas consideram que mangás e animes sobre lolicon não são ilegais desde que crianças de verdade não sejam empregadas na sua produção, permitindo o surgimento de um grande mercado para esse tipo de produto. Também existem na sociedade japonesa outras formas de exploração infantil que seriam ilegais no Ocidente, como o enjo kosai, e de certa forma boa parte do mercado japonês de pornografia explora o gosto pela juventude. As leis mexicanas também permitem o lolicon.
Entretanto, a subcultura lolicon já foi acusada de encorajar a prostituição infantil. Defensores do lolicon dizem que ele não afeta negativamente as crianças e até desestimula pedófilos a procurar crianças reais.
Etimologia
A palavra é soletrada lolicon, e não lolicom, devido à fonologia da língua japonesa. Outra forma de se escrever é rorikon. No Japão, a palavra pode se aplicar a pornografia infantil ou a pedófilos, enquanto no Ocidente seu significado é menos amplo.